3 métodos para controle financeiro de escritório de advocacia

Como garantir um bom controle financeiro de escritório de advocacia? Conheça 3 métodos para organizar as finanças do seu negócio.

A gestão financeira eficiente é essencial para qualquer negócio, e no setor jurídico isso não é diferente. Um controle financeiro de escritório de advocacia bem estruturado permite previsibilidade, sustentabilidade e crescimento. 

No entanto, muitos escritórios enfrentam dificuldades para organizar receitas, despesas e tributos, o que pode comprometer a saúde financeira da empresa.

Além disso, sem um controle rigoroso, advogados podem enfrentar problemas como falta de capital de giro, dificuldades para pagar tributos e desorganização na precificação de honorários. 

Confira abaixo 3 métodos eficazes de controle financeiro de escritório de advocacia.

1. Estratégias de precificação

Uma das principais dificuldades dos advogados é a precificação, visto que a definição de valores adequados para os serviços jurídicos é algo que afeta diretamente a rentabilidade do escritório. Por isso, é importante considerar alguns fatores:

  • Tabela da OAB: Cada estado possui uma tabela com valores mínimos recomendados para cada tipo de serviço jurídico. Então, vale consultá-la e utilizá-la como referência para evitar desvalorização do trabalho;
  • Análise de mercado: Para que o escritório não cobre acima ou abaixo da média do mercado, pesquise os preços aplicados pelos concorrentes para definir um valor competitivo;
  • Custo operacional: A fim de assegurar a lucratividade do serviço, o cálculo dos honorários deve incluir despesas fixas (aluguel, equipe, tecnologia) e variáveis (deslocamentos, custas processuais);
  • Complexidade e tempo de dedicação: Processos mais complexos exigem mais horas de trabalho, portanto, os honorários devem ser proporcionais ao esforço e especialização necessários.

Gestão de honorários

Além da precificação, a gestão dos honorários também é crucial para manter a previsibilidade financeira do escritório. Algumas práticas que você precisa adotar são:

  • Clareza na definição dos honorários: Primeiramente, evite ambiguidades nos contratos e informe o cliente sobre todas as taxas, custos e prazos envolvidos;
  • Parcelamento e facilitação de pagamento: De acordo com o perfil dos clientes, é válido oferecer condições de pagamento flexíveis;
  • Acompanhamento e cobrança eficiente: Quer reduzir a inadimplência? Então, comece a utilizar softwares de gestão o quanto antes para lembrar clientes sobre vencimentos de honorários;
  • Reserva para tributações sobre honorários: Tanto advogados autônomos quanto escritórios devem se preparar para os impostos sobre os serviços prestados.

Implementar uma estratégia eficiente para a precificação e gestão dos honorários não apenas melhora a organização financeira, mas também fortalece a credibilidade e valorização do serviço jurídico prestado.

2. Utilização de softwares para gestão financeira

Atualmente, a tecnologia é uma grande aliada na gestão financeira de qualquer escritório de advocacia. O uso de softwares específicos promove um bom controle financeiro de escritório de advocacia, pois permite a automatização dos processos e mitiga erros manuais. 

Algumas ferramentas essenciais incluem:

  • Softwares de gestão jurídica: Sistemas como Projuris e ADVBox oferecem recursos para controle de honorários, custos processuais e gestão de contratos;
  • Plataformas de contabilidade online: Soluções como Omie e ContaAzul facilitam a emissão de notas fiscais, gestão tributária e balanços financeiros;
  • Aplicativos de controle de despesas: Ferramentas como Trello e Asana ajudam a organizar despesas operacionais e prever gastos futuros.

Além disso, os softwares de automação financeira promovem uma redução drástica dos casos de inadimplência, visto que dá para fazer a emissão de boletos e cobranças de maneira automática. 

Muitas plataformas também oferecem relatórios detalhados, possibilitando uma análise aprofundada da situação financeira do escritório.

Acompanhamento de indicadores financeiros

Para que o controle financeiro seja eficaz, é fundamental acompanhar métricas e indicadores de desempenho. Os indicadores de maior relevância para escritório de advocacia são:

  • Fluxo de caixa: Analisar a entrada e saída de dinheiro no escritório garante que não haja déficits inesperados;
  • Faturamento mensal e anual: Comparar o faturamento em diferentes períodos permite identificar sazonalidades bem como tendências de crescimento ou queda;
  • Margem de lucro: Saber a diferença entre receita e despesas é essencial para determinar a saúde financeira do escritório;
  • Ticket médio por cliente: Identificar quanto cada cliente gera de receita ajuda a definir estratégias para aumentar o faturamento;
  • Retorno sobre investimento (ROI): Avaliar a eficácia de campanhas de marketing e outras estratégias financeiras pode promover uma melhora nos investimentos do escritório.

Em suma, acompanhar esses indicadores permite uma tomada de decisão mais embasada, garantindo a estabilidade financeira e o crescimento sustentável do escritório de advocacia.

3. Separação entre finanças profissionais e pessoais

Muitos advogados enfrentam dificuldades financeiras não apenas pela falta de organização, mas também pela ausência de uma separação clara entre as finanças do escritório e as pessoais. 

Misturar esses recursos pode gerar problemas graves como, por exemplo, descontrole no orçamento, dificuldades para pagar despesas do escritório e até mesmo complicações fiscais.

Os principais desafios enfrentados por advogados que não fazem essa separação incluem:

  • Falta de clareza no fluxo de caixa: Sem separar os recursos, torna-se difícil entender quanto dinheiro realmente pertence ao escritório e quanto pode ser utilizado para despesas pessoais;
  • Risco de comprometer a sustentabilidade do negócio: Usar os recursos do escritório para despesas pessoais pode levar à falta de capital de giro, dificultando o pagamento de funcionários, fornecedores e tributos;
  • Complicações tributárias: Misturar contas pode gerar problemas com a Receita Federal, dificultando a correta apuração de impostos e até mesmo resultando em multas.

Medidas para evitar esses riscos

  • Manter contas bancárias separadas: Ter uma conta exclusiva para as finanças do escritório facilita a organização e a gestão financeira;
  • Definir um pró-labore adequado: Estabelecer um valor fixo mensal para retirada pessoal ajuda a equilibrar as finanças e evitar retiradas excessivas;
  • Planejamento financeiro rigoroso: Criar um orçamento detalhado para as despesas do escritório e para os gastos pessoais ajuda a manter a disciplina financeira.

Separar as finanças profissionais das pessoais é um passo fundamental para garantir a saúde financeira do escritório de advocacia e permitir um crescimento sustentável ao longo do tempo.

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